
sexta-feira, 18 de junho de 2010
5º dia
A febre que não vem. A ponta do nariz quente.
Corisa. Também, a casa é muito úmida e muito poeirenta.
Um choro irritante que vem da sala, ás vezes do quarto de cima.
E você sem nem existir.
A outra continua na mesma. Tudo preto e branco.
A menina de quinze só quer namorar.
Papai, só on-line. Mamãe, off total.
E você sem nem existir.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
FOIE GRAS PARA O REI
tenho a impressão, qüén,
de que tomamos o castelo,
qüén-qüén,
que o bater panelas é nosso,
que a gente está mais dentro do que nunca,
que aquele ali na cozinha,
de faca na mão,
qüén,
vai nos ajudar,
vai sim,
que essas cebolas e tomates,
qüén-qüén,
isso tudo,
qüén,
é o nosso plano dando certo.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
No dia 13 de Junho de 2010
Eu bebi água, comi, ri, fiz comida, fumei um, dois, falei, ouvi, cantei, batuquei, chorei, abracei, mijei, bebi vinho, andei, senti cheiros, calei, fumei cigarro, cozinhei o frango, coloquei milho, coloquei música, fiz rir, beijei, fui feliz.
Numa outra casa.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Verso Achado.
E nada acontece por acaso. Eu sabia, hoje mais cedo, que você viria.
Ia até contar a alguém, mas você não deu tempo. Chegou mais rápido e festeiro do que eu esperava. Beijinho no cangote e aquela velha olhada, pra ver se tudo em mim continua no lugar. Sim, você deve ter percebido. Tudo continua no lugar. Em você também, devo dizer tudo no seu melhor.
Tudo no seu devido lugar, mas nós quase falamos mais um pouco, ou ao menos eu. Apesar de isso também não querer dizer que eu tivesse muito mais a falar... Fiquei dali, orgulhoso, de cima da minha saudade, observando você. E você se mexia pouco, falava um pouco mais, me convidava e marcava. Você acreditando pela metade em tudo o que dizia.
Eu fui ficando, menos zanzando bem menos levitando. Mas fui ficando e ouvindo, até a hora que deu tchau achando que eu ia levá-lo ao ponto de ônibus. Não, não fui. Fiquei pra achar o verso.
Ia até contar a alguém, mas você não deu tempo. Chegou mais rápido e festeiro do que eu esperava. Beijinho no cangote e aquela velha olhada, pra ver se tudo em mim continua no lugar. Sim, você deve ter percebido. Tudo continua no lugar. Em você também, devo dizer tudo no seu melhor.
Tudo no seu devido lugar, mas nós quase falamos mais um pouco, ou ao menos eu. Apesar de isso também não querer dizer que eu tivesse muito mais a falar... Fiquei dali, orgulhoso, de cima da minha saudade, observando você. E você se mexia pouco, falava um pouco mais, me convidava e marcava. Você acreditando pela metade em tudo o que dizia.
Eu fui ficando, menos zanzando bem menos levitando. Mas fui ficando e ouvindo, até a hora que deu tchau achando que eu ia levá-lo ao ponto de ônibus. Não, não fui. Fiquei pra achar o verso.

segunda-feira, 7 de junho de 2010
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