“Criou-se, segundo Guasch-Andreu (2000), o “mito da heterossexualidade”, uma história ou narrativa sagrada (“a verdadeira história do corpo”), transmitida oralmente e através de livros e textos também sagrados (manuais, compêndios e tratados de anatomia). Ele tenta explicar o mundo e, em particular, o mundo dos desejos e dos afetos, com ordem recém-estabelecida, porém já “naturalizada” e transformada em norma: a heteronorma. Institui-se uma sexualidade ortodoxa que deve ser seguida como dogma científico para a perfeita adequação aos preceitos do “dimorfismo sexual” (darwiniano) e do “paradigma da reprodução” (Herdt, 1994): a ortodoxia heterossexual.”
Fabiano Gontijo
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